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Palácio Rio Negro / Foto: Eduardo Bellotti @eduardobellotti |
Construído no final do século
XIX, o Palácio Rio Negro não é apenas um marco arquitetônico: ele foi palco de
episódios curiosos e encontros históricos que marcaram a trajetória política do
Brasil. Descubra algumas curiosidades fascinantes sobre esse ícone da Cidade
Imperial:
Nasceu pouco antes da República
Em 1889, menos de três meses
antes da Proclamação da República, o Barão do Rio Negro, Manoel Gomes de
Carvalho, adquiriu o terreno onde ergueu sua residência de verão.
Foi sede do governo estadual
Em 1896, o Palácio e a casa
vizinha, pertencente a um dos filhos do Barão, foram comprados para servir de
sede e residência oficial do governador, quando Petrópolis se tornou capital do
Estado do Rio de Janeiro.
Virou residência oficial dos
presidentes
A partir de 1903, o Palácio
foi incorporado ao Governo Federal e transformado na residência oficial de
verão dos presidentes da República. Entre os ilustres hóspedes, passaram por lá
Rodrigues Alves, Juscelino Kubitschek, João Goulart e até Getúlio Vargas, que
foi seu mais assíduo frequentador.
Casamento presidencial
Foi no Palácio que, em 1913, o
então presidente Hermes da Fonseca se casou com Nair de Teffé, famosa por suas
charges publicadas sob o pseudônimo “Rian”.
O ritual de retomada
Em 1996, quando o Palácio
completou 100 anos como residência oficial do governo, a tradição foi
simbolicamente retomada: a Presidência da República voltou a se instalar ali,
marcando o centenário.
O mais assíduo frequentador
Getúlio Vargas não falhou uma
vez sequer: durante seus 18 anos à frente do país, sempre passou os verões no
Palácio Rio Negro, consolidando sua presença como um dos presidentes que mais
usou o espaço.
Período de esquecimento e
retomadas
Com a mudança da capital para
Brasília, o uso do Palácio caiu drasticamente. Ele ficou praticamente
abandonado nas décadas de 1970 e 1980, até que Fernando Henrique Cardoso, nos
anos 1990, voltou a utilizá-lo para breves férias.
O hóspede mais recente
O último presidente a se
hospedar no Palácio foi Luiz Inácio Lula da Silva, durante seu exercício como
35.º Presidente da República.
Desde 2020, o Palácio Rio
Negro permanece de portas fechadas, aguardando a liberação de recursos para o
início das tão necessárias obras de restauro. O Instituto Brasileiro de Museus
(Ibram), que administra o espaço, informou que a reabertura só acontecerá após
a conclusão das intervenções previstas, garantindo segurança e preservação
deste importante patrimônio histórico de Petrópolis.
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