A Secretaria de Segurança
Pública, Polícia Civil (PC), Guarda Civil Municipal (GCM), Vigilância Sanitária
e Procons municipal e estadual deflagraram nesta terça-feira (04/11) a
"Operação Vape", que teve o objetivo de combater o comércio ilegal de
cigarros eletrônicos em Petrópolis. A ação conjunta desses órgãos passou por
sete estabelecimentos, entre tabacarias, bares e lojas de outros ramos, no
Centro, no Retiro e no Alto da Serra. O trabalho terminou com apreensão de 69
dispositivos de fumar, 35 frascos de essência usados nos cigarros eletrônicos e
outros 14 acessórios (como baterias, carregadores, entre outros), material
avaliado em cerca de R$ 12 mil. Quatro pessoas foram encaminhadas para a
delegacia para prestar depoimento. O comércio de cigarros eletrônicos é
proibido em todo país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O trabalho foi organizado pela
Secretaria de Serviços, Segurança e Ordem Pública (SSSOP) e pela Polícia Civil,
após constatarem o aumento do uso de cigarros eletrônicos entre jovens da
cidade. A partir disso, houve uma investigação para identificar
estabelecimentos suspeitos da prática do comércio irregular.
Na Rua Nelson de Sá Earp, uma
tabacaria foi vistoriada e foram encontrados 35 dispositivos de fumar, 28
frascos de essência e 14 acessórios escondidos no estoque. O dono do
estabelecimento alegou que o material era de consumo dele e de funcionários e
que não estava comercializando.
As equipes também vistoriaram
estabelecimentos na Rua Sete de Abril, onde foram encontrados oito dispositivos
em uma tabacaria e sete frascos de essência em um bar. Na Rua Alencar Lima, uma
loja de artigos de costura foi flagrada com cigarros eletrônicos na vitrine. No
local, foram apreendidos 26 dispositivos.
Responsáveis pelos
estabelecimentos flagrados com os produtos ilegais foram levados para a 105ª
Delegacia de Polícia (DP). Eles podem
responder por crimes contra a saúde pública, contra a economia popular e por
contrabando, com penas somadas que vão de três anos e meio a 10 anos de prisão.
Também houve fiscalização em
uma tabacaria no Alto da Serra, em um bar na Rua Santos Dumont e em uma loja no
Retiro, mas nenhuma irregularidade foi constatada nos três locais.
Cigarros eletrônicos tem venda
proibida e é um risco para saúde
Desde 2009, a Anvisa não
permite a comercialização, importação e propaganda de cigarro eletrônico, seus
acessórios e refis. Uma resolução do ano passado ampliou o cerco e também
proibiu fabricação, distribuição, armazenamento e transporte dos dispositivos
eletrônicos para fumar (DEF), popularmente conhecido como vape, e qualquer peça
destinada ao uso desses aparelhos.
Os cigarros eletrônicos podem
causar dependência de nicotina, contribuindo para que o usuário se torne
fumante de cigarros convencionais, e também provocar lesões pulmonares, doenças
cardiovasculares, inflamações, além do risco associado às baterias, que podem
explodir durante o uso em razão da temperatura elevada.


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