O ano de 2025 representou para Itaipava — distrito muitas vezes negligenciado nas políticas públicas — um momento de maior visibilidade para suas demandas históricas, tendo a atuação da UNITA, que combinou pressão, estudos técnicos e diálogo com poder público, para alcançar avanços em obras e projetos. Em parceria com moradores, empresários e entidades representativas do distrito como a NovAmosanta, o grupo conseguiu colocar no centro da agenda municipal temas que repercutem diretamente na vida cotidiana, no turismo e na economia local. 


Criada em agosto de 2024, a associação passou a articular moradores e empresários e está contribuindo para inserir na agenda municipal temas que impactam diretamente a vida cotidiana, o turismo e a economia local. “A UNITA surgiu da necessidade de transformar a insatisfação em propostas concretas. Nosso foco sempre foi dar voz técnica e organizada às reivindicações de Itaipava”, afirma o presidente da entidade, Alexandre Plantz.


Uma das conquistas mais emblemáticas, uma articulação de várias entidades, foi a antecipação da construção da nova ponte do Arranha-Céu, que substituirá a estrutura atual, considerada colapsada. A obra, inicialmente prevista apenas para 2028, teve início antecipado para março pela Elovias, nova operação da BR-040, após pressão e mobilização tendo a Unita como uma das vozes de cobrança. “É uma intervenção essencial para a segurança e para a mobilidade do distrito. A antecipação só ocorreu porque houve reivindicação consistente e articulação com diferentes atores”, destaca Plantz.


A mobilidade urbana também ganhou impulso em julho de 2025, com o anúncio da retomada da duplicação da Rua Agante Moço, via localizada atrás do Parque de Exposições. A obra contará com recursos federais da ordem de R$ 3,8 milhões, por meio de emenda do deputado federal Hugo Leal, resultado de união que teve participação direta da UNITA. A intervenção também mobilizou o governo do Estado, agente que fará a execução da obra. Para Alexandre Plantz, o projeto atende a uma demanda estratégica. “Essa via é fundamental para desafogar o trânsito e acompanhar o crescimento do comércio, do turismo e da população residente. A duplicação não é um luxo, é uma necessidade urbana”, pontua.


No campo do planejamento, a UNITA elaborou um estudo técnico de mobilidade para o chamado “centro comercial de Itaipava”, propondo intervenções estruturantes, como a reconfiguração do Trevo de Bonsucesso, novos acessos ao terminal urbano e a requalificação da Estrada União e Indústria para operar como via binária. A expectativa é reduzir congestionamentos, aumentar a segurança viária e melhorar a fluidez para moradores, turistas e atividades econômicas. "Quando apresentamos dados e alternativas técnicas, o debate muda de patamar. As reivindicações deixam de ser genéricas e passam a ser viáveis", avalia Fabrício Santos.


Outro tema que ganhou centralidade foi a necessidade de um plano integrado de drenagem e contenção de enchentes e alagamentos — problema recorrente em períodos de chuvas intensas e com impactos diretos na economia local. A entidade formalizou pedidos à prefeitura e alertou para os riscos de paralisação em trechos críticos da Estrada União e Indústria. "Sem planejamento de planejamento, qualquer avanço em mobilidade fica comprometido. É uma pauta urgente", reforça o secretário.


A UNITA também manteve atuação vigilante em episódios de risco à população. Em outubro, após o rompimento de uma rede de gás que paralisou o trânsito e gerou insegurança, a entidade cobrou reparos imediatos, responsabilização da engenharia e maior planejamento nas intervenções urbanas. A recorrente falta de energia elétrica em casos de chuva forte também é pauta de cobranças da UNITA que aponta prejuízos para moradores e economia do distrito. “Não podemos normalizar situações que coloquem moradores e visitantes em risco ou com a qualidade de vida comprometida.. Prevenção e fiscalização precisam ser regra”, afirma Plantz. 


Do ponto de vista institucional, a associação está se consolidando como interlocutora relevante junto à prefeitura, autarquias e órgãos estaduais. Ao longo de 2025, foram estabelecidos canais de diálogo, reuniões técnicas e propostas embasadas, conferindo maior legitimidade às demandas do distrito. “Itaipava precisa ser ouvida de forma contínua, não apenas em momentos de crise”, ressalta o presidente da UNITA.


Apesar dos avanços, os resultados ainda são parciais. A entidade admite que o ritmo do poder público ainda não acompanha a urgência das demandas e que é necessário manter a cobrança por atenção ao distrito de forma permanente. “O ano de 2026 será de vigilância contínua. Vamos continuar cobrando, acompanhando e propondo”, afirma Fabrício Santos.


Para o próximo ano, a expectativa da UNITA é que os compromissos reforçados se traduzam em obras e serviços concretos. A entidade defende a mobilidade como prioridade estruturante, com conclusão das pavimentações, requalificação do transporte público, avanços em drenagem, saneamento e reordenamento do tráfego. “Nosso objetivo é que Itaipava seja reconhecida pelo poder público por sua importância como espaço de moradia, turismo, desenvolvimento econômico e qualidade de vida”, finaliza Alexandre Plantz.

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