Petrópolis vista do alto / Foto: Chris Hassan



PETRÓPOLIS. Com uma perspectiva de alta de 2,9% para 2023, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o desafio para Petrópolis, que gera R$ 760 milhões por ano no setor, é a mudança de comportamento do visitante para oferecer aquilo que o ‘novo’ turista, pós-pandemia, procura em suas viagens. No Dia Nacional do Turismo, celebrado nesta segunda-feira (08), o Petrópolis Convention & Visitors Bureau indica que a tecnologia avançada e a sustentabilidade são itens indispensáveis que hoje os turistas querem em suas viagens que se tornaram também uma imersão em experiências.

 

Para o presidente do PC&VB, Samir el Ghaoui, é preciso estar em sintonia com os novos comportamentos. “Mudamos muito, todos nós, com uma presença mais constante da tecnologia e com a preocupação com a sustentabilidade. Isso foi um legado da pandemia que nos impôs o distanciamento, mas também nos mostrou que era necessário ampliar os valores de preservação ambiental”, reflete.

 

A tecnologia já desempenhava um papel importante no turismo antes da pandemia, mas agora será ainda mais essencial para manter os turistas seguros e garantir uma experiência mais personalizada. Por exemplo, o uso de aplicativos para reservar viagens, fazer check-in nos hotéis, acessar informações turísticas e fazer pagamentos sem contato deve se tornar ainda mais comum.

 

A tendência é que os visitantes sejam ainda mais exigentes quanto às práticas sustentáveis das empresas turísticas, incluindo a redução do desperdício, a conservação da natureza e o apoio às comunidades locais. Além disso, o turismo de baixo impacto e o turismo de aventura devem se tornar mais populares, já que os turistas buscam experiências autênticas e respeitosas com o meio ambiente.

 

“Estes dois fatores, aliados a um boom do turismo interno, devem nortear as ações do trade em investimentos nas áreas. Petrópolis larga na frente na questão da sustentabilidade já que é procurada justamente porque as pessoas encontram aqui essa preocupação com a preservação nas boas práticas da rede de hotelaria, por exemplo, e nos passeios de contemplação e aventura”, analisa Samir el Ghaoui.

 

O trade em Petrópolis tem ainda a vantagem de ter sido reconhecido na pandemia como um dos 22 destinos sanitariamente seguros do país, um ranking do Ministério do Turismo, pela aplicabilidade de regras rígidas de higiene. “Foi um movimento muito rápido e bem sucedido de nosso trade, incluindo o de gastronomia. E essa prática se tornou permanente pelo benefício que trouxe. Então, nossa cidade também é referência neste aspecto”, aponta o presidente do PC&VB.

 

Entre desafios em função do novo comportamento, o setor vem lidando com a marcação de viagens mais próximas das datas pretendidas e ainda o anseio do turistas pelas experiências mais personalizadas com escolha de pacotes de viagens e atividades mais adaptados às suas preferências e necessidades, como acomodações com serviços especiais, tours exclusivos e atividades sob medida para as crianças.

 

“Em uma comparação com o peso do setor no Brasil, que tem 8,1% do PIB derivado do turismo e gera mais de 7 milhões de empregos diretos e indiretos no país, o segmento em nossa cidade é importante para a economia. Geramos 6% do PIB  e temos oito mil empregos diretos além de influenciar mais de 30 mil pessoas ocupadas somando o comércio e prestadores de serviço.  O desafio é ampliar o setor de forma sustentável e preservando o que temos de melhor que são nossas belezas naturais e cultura”, afirma Samir el Ghaoui.

 


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