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No lançamento de Moto Perpétuo, o autor Breno Simão, com a editora Luciana Cunha, e o casal Amauri Madeira e Sandra Madeira, proprietários da livraria Nobel / Foto: Divulgação |
No fim da tarde do último
sábado (31), a Livraria Nobel, no coração de Petrópolis, foi tomada por um
clima raro, daqueles que misturam reencontros, emoção e a celebração da palavra
escrita. Ali, na Rua Dezesseis de Março, o arquiteto e agora escritor Breno
Simão lançou seu primeiro romance, Moto Perpétuo, publicado pela Editora Literar.
A fila de leitores, amigos e
familiares se formava sem pressa, mas constante — em diversos momentos,
ultrapassou o interior da livraria e alcançou a calçada, como se o livro já
houvesse, por si só, se expandido para além de suas páginas. Por mais de duas
horas, Breno autografou exemplares com serenidade e atenção, como quem
reconhece a travessia de cada leitor.
Entre os presentes, nomes que
marcam a cena cultural da cidade: a editora Luciana Cunha, responsável pela
curadoria editorial da obra; os anfitriões Amauri e Sandra Madeira,
proprietários da livraria; o professor Bibiano Gomes, cuja assinatura na orelha
do livro dá pistas da densidade e sensibilidade da narrativa. Também estava lá
Jorge Simão, pai do autor, figura amplamente conhecida e respeitada na
sociedade petropolitana.
A edição, que traz ilustrações
da jovem artista Fernanda Pimentel Simão — filha do autor —, transborda uma
identidade estética própria. Fernanda, formanda em Design Gráfico, estreia no
universo editorial com imagens que captam, em traços delicados, a essência
simbólica da história.
Em Moto Perpétuo, o leitor
acompanha Bernardo dos Santos, personagem que caminha sobre o fio da
existência. A narrativa, construída em quinze capítulos, percorre fases
emocionais que vão da negação à introjeção, refletindo com lirismo sobre o
tempo, o silêncio e o sentido da vida.
Natural de Petrópolis e
formado em Arquitetura pela UFRJ, Breno Simão dedicou mais de duas décadas à
cidade em projetos arquitetônicos, dentre eles o Shopping Pátio Petrópolis, do qual foi um dos idealizadores. Hoje, radicado em Armação dos Búzios, ele se
revela escritor com uma obra de estreia marcada por epifanias, poesia e
inquietações existenciais — um verdadeiro convite à escuta interior.
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